Boca, divina boca é um dos meus textos que mais agradou as leitores que me acompanham. Uma poesia baseada na ilusão e surrealismo que me inspiram, marca que trago desde que comecei a escrever e sofri a influência dos grandes mestres e intelectuais do Brasil Colonial. Um trabalho diferenciado daqueles que costumo apresentar e que talvez por isso tenha caído no gosto popular. Confesso que ultimamente tenho me dado pouco ás poesias e procuro me concentrar mais em textos mais fechados, mas esta vale a pena relembrar.
Boca, Divina Boca.
Tony Casanova.
Tão formosa perfeição em simetria/
No contorno tão divinamente pura /
Rico e belo monumento, eu diria/
Desta boca, singular arquitetura.
Quem poderia compor tamanha perfeição/
Senão um mestre na arte da própria da vida/
Laborou perfeita boca ás próprias mãos/
Do labor se fez assim se fez a preferida.
Da divina forma, á rica maciez/
O estalar da fala, o tremular sutil/
Divino mestre que te fez/
A mais bela boca que se viu.
A fala nem se fala/
Nem se ouve, tamanha hipnose/
Ao ouvir-te tudo cala/
Não há nada, tampouco vozes.
A boca, esta magnífica, singular/
Tão perfeitamente bela/
Que nem precisa falar/
Basta o olhar pra ela.
Boca plena, de volume atraente/
Só de olhar já causa encanto/
Por ser demais envolvente/
Ai boca, boca que me toma/
Feitiço do meu olhar/
Que a minha alma doma.
Por Tony Casanova. Todos os Direitos Autorais e Copyright São reservados ao autor. Proibida a cópia, colagem, divulgação ou distribuição do todo ou parte dele em qualquer meio e para qualquer fim sem a autorização prévia e expressa do autor. O desrespeito incorre em crime previsto nas Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos de Propriedade Intelectual. São permitidos os compartilhamentos desde que não se apliquem a fins comerciais e que todo material seja mantido na íntegra, incluindo o crédito ao autor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar. Seu comentário será moderado e liberado tão logo seja aprovado.